terça-feira, 2 de julho de 2013

Velada...


Velei contigo longamente enquanto pude
 não cansei
nem sequer da alegria ou mágoas provocadas
e também não me faltaram as palavras
com gordas lágrimas a elas acopladas
ou marotos sorrisos deliciados...
não, não cansei
mas acordar para realidades comezinhas 
consegue provocar náusea 
debilitar ou fazer dormitar...

Alma e corpo, conjugaram o verbo amar, 
noite e dia, na ânsia de te tocar, de te rever,
de te falar, de te ouvir falar,
ou de te mostrar o branco nos cabelos, 
calada e presa ao teu dissertar
ou procurar-te a mão timidamente
receando fazê-lo a chorar...

Não. Não cansei.

Deste lado do sonho e do silêncio
 no paradoxo de ouvir as palavras abafadas
 que sei tuas...
Nada disso me cansou...
Foram sempre outros.

Nunca soube mais o que fazer...
Entanto o corpo se fragilizou...
E agora vou fazendo...um quase nada.

{01.11.012}

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