domingo, 20 de agosto de 2017

Desistir? Não, nunca desistir!


Desistir? Não, nunca desistas!
Nem de ti, nem de quem foste, és e acreditas. 
Descansa só um pouco e retoma a caminhada. 



Se deixares morrer dentro de ti 
Tudo em que de melhor acreditaste
Começas a fenecer  devagarinho
E o teu abraço caloroso, de carinho,
Passa a ser fraco, lasso 
E, muito devagarinho, 
Surge mais e mais a descrença no áspero caminho.


Pode ser duro suportar as agruras da jornada
E encarar o outro com esse brilho no olhar
Onde se lê crueldade e a vontade de rever  
Tudo o que nos choca e retira o gosto de lutar...

 

Descansar do sofrimento é como um inverno nos dias: 
Repouso, frio, tempestades duras que custam suportar... 
Mas a saída da vida também tem que se ganhar 
Ou de nada valeu ter percorrido a longa estrada... 
Sem  ter aprendido o amor, a dor, a verdade, 
Ou saber conhecer num outro sinceridade;
E tentar amadurecer, com a razão bem desperta, 
As emoções de um tempo de muita juventude 
Em que se viveu a aventura em plena liberdade. 

Toda a promessa de vida devia  ser cumprida
Com percalços, desvios, emotiva saudade 
Por que o que resta é um ser único, diferente, 
Que chora, pensa, sorri e age 
Na estrutura estranha e melancólica dos dias.


E o tempo passa...não pára...vai passando...

Mas desistir?... Não. 
E nunca, por vontade!







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