sábado, 18 de janeiro de 2014

Esperando...


alexander averin

[ 17.07.013]

Se tanto esperei
E não voltaste
Nem na sombra do vento..
Ou em tempestades de emoção...
Tanto te esperei...
Mas foi sonho
E foi vão.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Apenas ser...


[21.11.2013]
Sou como sou... mais por opção
que consequência
Sei o que sinto
Sinto o que faço
Tenho sonhos vagos
feitos de fumo ou ilusão
Nada espero
Pouco ofereço
Pouco valho

Vou vivendo um dia após o outro
dando vida a coisas 
a que empresto sentimentos
pensando outras
falando de nada
pouco...e mal

Porém, sentindo sempre e muito
ao observar  a maravilha e o desencanto
dum mundo que se abisma
em renovação estranha 
que me passa ao lado
e onde nem desejo colaborar
 Derradeiro grito
antes de um acto extremo
perpetrado algures...

... ao sol-pôr.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Céu muito azul...


1958.VI.16   
"Quando o céu está muito azul
Eu procuro tudo.
Encho o infinito de infinitos desejos.
Depois... 
...choro o desfazer de mais uma ilusão."

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Elevando asas...


1958.VI.16

 Eleva-te, minha alma, sempre p´rás alturas!...

"[...] Era o eterno paradoxo que se revela sempre na existência dos pensadores - o constante anseio de calma em plena tempestade, o eterno desejo de vendavais no oásis da quietude." - Stefan Zweig

domingo, 29 de dezembro de 2013

Incerteza...


Porquê esta apatia, esta incerteza
Latente na Ilusão esfarrapada?...
Porquê este viver de condenada
Que não rompe grilhões da natureza?...

Porque não há momentos, nem beleza,
Vestindo a dor da alma magoada?
Porquê  lançada na finita estrada
Se a cada passo urge a incerteza?

Agora se me perguntas o porquê
Pensa um momento - descobre, vê:
Não sou ainda ruínas, nem escombros.

Nem sempre riu a boca da menina
E embora doce rosa matutina
Pesou-lhe já a vida sobre os ombros.

 Helen May, [Maio ,1958]

domingo, 15 de dezembro de 2013

Acordar cedo...


[2013.12.10]
Acordo para mais um dia 
de mais um mês,
 de mais um ano
Corro cortinas
abro janelas
perscruto o sol da manhã
Faço coisas  penso outras
sinto outras ainda
e o cansaço vem e instala-se
nos meus músculos doridos
já tão cansados da labuta inglória
Depois fecho janelas para a noite
ao correr cortinas de silêncio e pesar
olhando o amplo  céu 
onde agora brilha uma falsa estrela
que me encanta por vezes
outras me leva a estremecer de frio ou medo 
Tento ignorar ânsias, cuidados,
até, se possível, a própria dor
Se acordo na noite ou na madrugada
vou contemplar a geada sobre a terra gelada
Se posso, trabalho sob o sol cálido
 de um outono seco e luminoso 
tecendo recordações de sonhos
  no tricot dos dias
Em soluços contidos
ainda vislumbro os poucos 
mas intensos momentos de amor
Acordo porque tem de ser
E retorna o cansaço de mais um dia
que me fecha os olhos
para acordar de novo
para um outro retalho de tempo...
sem preencher o vazio
apenas procurando 
 nunca esmorecer.