terça-feira, 31 de outubro de 2017
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
domingo, 17 de setembro de 2017
domingo, 20 de agosto de 2017
Desistir? Não, nunca desistir!
Desistir? Não, nunca desistas!
Nem de ti, nem de quem foste, és e acreditas.
Descansa só um pouco e retoma a caminhada.
Se deixares morrer dentro de ti
Tudo em que de melhor acreditaste
Começas a fenecer devagarinho
E o teu abraço caloroso, de carinho,
Passa a ser fraco, lasso
E, muito devagarinho,
Surge mais e mais a descrença no áspero caminho.
Pode ser duro suportar as agruras da jornada
E encarar o outro com esse brilho no olhar
Onde se lê crueldade e a vontade de rever
Tudo o que nos choca e retira o gosto de lutar...
Descansar do sofrimento é como um inverno nos dias:
Repouso, frio, tempestades duras que custam suportar...
Mas a saída da vida também tem que se ganhar
Ou de nada valeu ter percorrido a longa estrada...
Sem ter aprendido o amor, a dor, a verdade,
Ou saber conhecer num outro sinceridade;
E tentar amadurecer, com a razão bem desperta,
As emoções de um tempo de muita juventude
Em que se viveu a aventura em plena liberdade.
Toda a promessa de vida devia ser cumprida
Com percalços, desvios, emotiva saudade
Por que o que resta é um ser único, diferente,
Que chora, pensa, sorri e age
Na estrutura estranha e melancólica dos dias.
E o tempo passa...não pára...vai passando...
Mas desistir?... Não.
E nunca, por vontade!
domingo, 13 de agosto de 2017
Não sei porquê...
Emile Munier
não sei porquê...mexi contigo
e o meu desgosto esteve
na dúvida de não ter entendido
o real e estranho motivo ...
reconheço-me na criança solitária
sedenta de ternura e compaixão
que encontra entre bichos e plantas
aquilo que os outros não lhe dão...
Emile Munier
tu ,que julgas conhecer-me,
não o conseguirás se não despires
a carapaça grosseira
do conhecimento que tens ou te ficou
da humanidade com quem te cruzaste
em ruas e salões que frequentaste
Chantal Poulin
sou flor bravia, sou a brisa livre
que vai passando e, se pode,
acalentando...
e ao fazer caminho ainda nesta estrada
não é jogo a jogar com gente estranha
mas sentir quão tamanha
é a sede de saber, e amar, e ser
que ainda me move.
sexta-feira, 21 de julho de 2017
domingo, 16 de julho de 2017
Praias com e sem gente...
Não sei se ainda há praias desertas
Onde aves selvagens fazem ninhos
Onde céu e mar se confundem ao sol-por
E o mar a marulhar soa mansinho.
Não sei se há ainda areias brancas
Onde se pisa sem olhar o chão
Na certeza de afundar os nossos passos
Sem o perigo de encontrar poluição.
O que conheço hoje das praias ao calor
É o enxame de multidões em confusão
Corpos em chama temendo a combustão
E gritos e cerveja e ralhos em surdina.
A praia não é já o sítio de eleição
Onde se esperava que a maré subisse
Para que corpo e alma em comunhão
Exorcizassem doenças e chatices.
...Sei que o fim da tarde chamava à oração
Quando sol e horizonte se beijavam
Como amantes separados pelo verão
E sequiosos um do outro se deitavam.
Guardava-se o silêncio e o respeito
Que a doçura do momento apetecia
E via-se o dia acabar do mesmo jeito
Com que cada um de nós adormecia.
***
Praias não são já locais do encanto
Onde paz e simpatia davam mãos
Só são ruído e cor que causa espanto
E nos fazem desejar ecos mais sãos.
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