domingo, 17 de dezembro de 2017
domingo, 10 de dezembro de 2017
Tarte de morango...
serviu -te com o chá uma tarte de morangos:
grito de sereia
para um deus desconhecido
sussurrando solidão e dor
qual borboleta atraída por rosa emurchecida
quase desfalecida sob os calores do verão
atraiu um amor de ocasião
- só que não era então amor,
mas sim loucura,
desejo intenso e são de criatura
de há muito e sempre recusado
como perigoso, desnecessário e vão
de longe morta para a vida
perscrutou-te a alma
e reacendeu a sua
ao som de um timbre vocal
em que a letra da canção tinha magia
brotou a paixão e o encantamento...
- como seria?...
- que mistério encobria?...
por fim, nada importava mais:
não conhecia os seus olhos,
apenas o que lhe chegara em melodia
e tudo o resto, fosse o que fosse, era p'ra amar.
assim vai passando a vida
aquecida ao sabor do momento
até que o passamento
enterre na chaga do tempo
a vontade imperecível de o sonhar.
terça-feira, 31 de outubro de 2017
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
domingo, 17 de setembro de 2017
domingo, 20 de agosto de 2017
Desistir? Não, nunca desistir!
Desistir? Não, nunca desistas!
Nem de ti, nem de quem foste, és e acreditas.
Descansa só um pouco e retoma a caminhada.
Se deixares morrer dentro de ti
Tudo em que de melhor acreditaste
Começas a fenecer devagarinho
E o teu abraço caloroso, de carinho,
Passa a ser fraco, lasso
E, muito devagarinho,
Surge mais e mais a descrença no áspero caminho.
Pode ser duro suportar as agruras da jornada
E encarar o outro com esse brilho no olhar
Onde se lê crueldade e a vontade de rever
Tudo o que nos choca e retira o gosto de lutar...
Descansar do sofrimento é como um inverno nos dias:
Repouso, frio, tempestades duras que custam suportar...
Mas a saída da vida também tem que se ganhar
Ou de nada valeu ter percorrido a longa estrada...
Sem ter aprendido o amor, a dor, a verdade,
Ou saber conhecer num outro sinceridade;
E tentar amadurecer, com a razão bem desperta,
As emoções de um tempo de muita juventude
Em que se viveu a aventura em plena liberdade.
Toda a promessa de vida devia ser cumprida
Com percalços, desvios, emotiva saudade
Por que o que resta é um ser único, diferente,
Que chora, pensa, sorri e age
Na estrutura estranha e melancólica dos dias.
E o tempo passa...não pára...vai passando...
Mas desistir?... Não.
E nunca, por vontade!
domingo, 13 de agosto de 2017
Não sei porquê...
Emile Munier
não sei porquê...mexi contigo
e o meu desgosto esteve
na dúvida de não ter entendido
o real e estranho motivo ...
reconheço-me na criança solitária
sedenta de ternura e compaixão
que encontra entre bichos e plantas
aquilo que os outros não lhe dão...
Emile Munier
tu ,que julgas conhecer-me,
não o conseguirás se não despires
a carapaça grosseira
do conhecimento que tens ou te ficou
da humanidade com quem te cruzaste
em ruas e salões que frequentaste
Chantal Poulin
sou flor bravia, sou a brisa livre
que vai passando e, se pode,
acalentando...
e ao fazer caminho ainda nesta estrada
não é jogo a jogar com gente estranha
mas sentir quão tamanha
é a sede de saber, e amar, e ser
que ainda me move.
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