Sofro.
Não conhece nome o sofrimento.
«Nojo»... não é a palavra exacta para definir o que sinto.
Serás sempre o único ser a quem um dia disse: amo-te!
E nunca o reneguei. Lembras? E ainda bem que o disse -
- por ser verdade, no momento, e não o ter voltado a repetir
A não ser ao vento... ao passar.
Vivi com maior intensidade desde que entraste na minha vida. Reconciliaste-me com a ideia do Bom, do Justo e do Belo, conceitos que o conceito de Deus supõe. Por tudo isto, até pelo sofrimento , irmão, amante, amigo, te estou grat0!
Até ... um dia. Quem sabe?...
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Que posso fazer afinal de tanto amor, no inverno da vida?
Dou-o, em ânsia desmedida, para embalar sonhos não vividos,
Ao adormecer , minha Mãe, sob o teu olhar...
Maria Afonso