quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Segredo de amor...

Estendo-te os braços como uma criança
E aí acaba o mundo para mim...
Sonho o momento
Que nunca sei ser por aqui
Ou numa qualquer frança
E encontro uma espécie de vácuo
Ao meu redor

Perdido num qualquer lugar
Esvaída a tua sombra leve no horizonte
Não sei onde te achar...
Nunca soube
Onde encontrar-te, procurar-te
E entreguei sempre ao vento
A ternura imensa por mim sentida
Para te acalentar...

A que sentiste, creio, no meu sorriso
Ou no meu olhar
E nunca te mentiu
Mesmo no silêncio
Ou na revolta
Mesmo não entendendo o porquê do segredo
Ou a razão do não querer amar
Tantas e tantas vezes envolta
Na rejeição ou suspeição
Da palavra encantar...



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

Viver é...ser




Ser livre não é manter-se 
intocável, sem entregas,
nem se dar, também, às cegas
a tudo que nos agrade.
Ser livre é viver a idade,
que sente o nosso querer,
é viver conforme a vida,
é sobretudo viver.

E viver - vontade férrea - 
é constantemente ser
resolvido como a terra.

Leila Miccolis, in Silêncio Relativo

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sede intensa


Sede intensa e sentida
estranha e desesperada
como mágoa condenada
 a envenenar
como cantochão a pairar
emm fundo sonoro
 e quase insano
deste meu viver

26.04.2010

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Átomos invisíveis...


O invisíveis átomos do ar em volta
palpitam e inflamam-se,
o céu desfaz-se em raios de oiro,
a terra estremece em alvoroço.

Oiço flutuando em ondas de harmonias
rumor de beijos e bater de asas.
Minhas pálpebras fecham-se...

O que acontece?
Diz-me?

Silêncio! É o amor que passa!

Gustavo Adolfo Bécquer

sábado, 17 de dezembro de 2011

Estremecer...

Se alguém diz: Vem!
às vezes não se pode
outras não se quer
outras apenas se sonhou
 ou se arquitectou
 terna fantasia...
Um pouco de tudo
além de coragem
a combater egoísmos...
Nada se quis de mais.
E o que foi pesadelo
foi só culpa do amor
por estremecê-lo... 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cançâo da chuva



Linda Wood

Hoje a chuva burilou na vidraça
 umaa canção de saudade
e o vento embravecia
 com a forte tonalidade
de um abraço

O céu em agonia
era fantasma cinzento 
de um dia passado
jamais isento 
de doçura e magia.