Na madrugada vagamente fria
a força do vento tem a força do mar
de marés vivas de escarpadas ondas
anteontem enoveladas ao luar...
Cordas de vento batem na vidraça
e eu sinto-me vazia e sem fervor
e calo mansamente os meus sentidos
ao ouvir das rajadas o estertor...
Limpo-os da dor, da espera, da aflição,
evitando tão só lamentos e gemidos
decerto sepultados entre o rumor
indiferente, que é, à silenciosa dor
que castiga sem trégua os mal-nascidos.
15.05.2011
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