por vezes, ainda venho conversar com a lua
quando a noite se espraia no silêncio
e na distância de ti
evoca o som de uma voz
que quase esqueci
som perdido no espaço inerte
de um tempo morno
de funda inquietação
que entrou como promessa efémera
e se concretizou no laço
de um terno abraço
que não mais deslaçou
e de uma ou outra maneira
a solidão quebrou
e virou fantasma
diluída no tempo da distãncia
que grita
para eu não te ouvir
mas nem o marulho das ondas
pode evitar que te ouça e reconheça
namorei com elas
falei-lhes de ti
e prometeram afagar-me
com doçura
nos meus últimos dias
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