No céu vestido de azul, na tarde estival,
surgiu, a este, uma lua enorme e dourada
que o sol de longe beijava
num queixume derradeiro, quase agreste.
Tristemente senti-me encarcerada...
Outrora gostava de falar com a lua
sempre por ela estranhamente enamorada.
Hoje sinto a alucinação do tempo
corroer todo o espaço ...
limitar-me por dentro.
Perdidamente olho o espaço
e nada me apetece,
nem invejar a ave de aço
que troando os céus escurece.
Também ela não conhece a liberdade...
Maria Silva
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