Olhar a extensão do mar até ao horizonte limita-me, angustia-me, tanto ou mais do que um alto muro.Aqui, ainda pode surgir uma fissura...senão real, que se imagina, enquanto o infinito horizonte me segreda que não posso alcançá-lo, com pés que sinto presos à margem, prisioneira, que sou, desta limitação e sem a mais leve esperança de alcançar a infinitude.
O infinito é frustração perene para o ser que vive à beira do mar. E o marulho das ondas só faz sublinhar, em som sincopado, a impossibilidade física de um homem sequer tocar a linha fictícia desse longínquo horizonte, água/éter azulíneos, cinza, laranja, ou ouro, que os movimentos astrais lhe emprestam.
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