segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

ao cair da névoa...


depois de descer a névoa sobre a ausência
terrível foi a sensação do desamparo
 razão de funda dor desgarrada
liquefeita sobre o chão marmóreo
da pele emurchecida
em gotículas geladas
à luz iridescentes
fluindo
sem consolo e sem destino
num sufoco de aflicção
interminável
contínuo

com indiferente incompreensão
pode pedir-se perdão...
 ficar-se legitimado....

perdoa sempre quem ama.
mas aí...
só se sabe que se  sofreu
e  se chorou em vão.

[22.06.2013]

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