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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Sentir da madrugada


 Baixou fraca e fresca a fina madrugada 
Num enleio leve de névoa transparente
Em murmúrios de mágoa já passada 
E ténue estertor de sonho iridescente 

Num bocejo de cor lasciva e branca 
Surgem breves cicios em fina labareda 
Desse frio sol que desce como tranca
E traz a viuvez ao vaso que se quebra

Na brisa suave da manhã imaculada 
Na matinal sonolência adormecida 
Voam os sonhos breves da noite enluarada - 
 - Mesclados nos suspiros duma dor esquecida.


Myriam

sexta-feira, 8 de março de 2019

Canção do desencontro...



[2009.01.29]
Quem sabe, amor? 
Talvez um dia venhas  
quando já não te quiser
e apenas te souber dizer:
- agora, não.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

sobreviver

[2013.05.12]
que comigo ninguém se preocupe: 
sobrevivo.
melancólica
ansiosa
mas sempre fui sobrevivendo.

interessada no quotidiano
olhando a vida com olhos abertos
e coração afoito 
num mundo ilusório e torturado
onde nunca me consegui encaixar em lado algum;
um alguém que também cedo aprendeu a respeitar a morte. 
 e combates sobre combates
se foram sucedendo
mas não os teus.

consciente gosto de ajudar;
- ajudar é um acto de amor empenhado
 para dar a ideia ilusória
dum pequeno triunfo sobre a vida;
e sei que nunca vou aprender a dizer 
 não.