quarta-feira, 7 de agosto de 2013
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Humildade...
[09-02.013]
Quem manda que penses
ser muito importante para alguém?
Ninguém. Apenas tu...
Não te queixes. Não chores.
Nem para ti mesmo
sabes ser importante.
Na valsa da vida
só há rosas se as cultivas
por que todas as outras
não são as tuas
e só podes vê-las ao longe
como sonhos belos
com perfume e cor.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
sábado, 13 de julho de 2013
Timidez...
Há algo que me desgosta
Ou não gosto mesmo:
Ser popular.
Céus! deixem-me adormecida
Inerte e desconhecida no meu canto...
Para isso nasci.
Se entro um pouco tonta
Pela noite fria
E se procuro em vão um pouco de calor
Logo tropeço na recordação
Suave, lenta, sofrida
De um outro qualquer imenso e doce amor
Que vela como eu pela madrugada...
E recolho-me ferida.
[16.12.2011]
terça-feira, 2 de julho de 2013
Velada...
Velei contigo longamente enquanto pude
não cansei
nem sequer da alegria ou mágoas provocadas
e também não me faltaram as palavras
com gordas lágrimas a elas acopladas
ou marotos sorrisos deliciados...
não, não cansei
mas acordar para realidades comezinhas
consegue provocar náusea
debilitar ou fazer dormitar...
Alma e corpo, conjugaram o verbo amar,
noite e dia, na ânsia de te tocar, de te rever,
de te falar, de te ouvir falar,
ou de te mostrar o branco nos cabelos,
calada e presa ao teu dissertar
ou procurar-te a mão timidamente
receando fazê-lo a chorar...
Não. Não cansei.
Deste lado do sonho e do silêncio
no paradoxo de ouvir as palavras abafadas
que sei tuas...
Nada disso me cansou...
Foram sempre outros.
Nunca soube mais o que fazer...
Entanto o corpo se fragilizou...
E agora vou fazendo...um quase nada.
{01.11.012}
sábado, 29 de junho de 2013
Sufoco...
O ar quente que veste a tarde
Aperta forte como invisíveis grades
Roubando memórias e força de lutar
Ao ser amorfo e tenso
Imerso em silêncio e solidão.
Ideias surgem e vão...
Sem vontade de nada
É o (não)ser cada vez mais cansado
A cada dia mais triste
Mais abandonado
Desiludido de si,
Desiludido do mundo
Nauseado
Sem ninguém por que lutar
Sem nada por que lutar
Avesso a um carinho mais profundo
Sofrendo
De vez em quando chorando
No ausentar permanente de tudo
E de si
Nesse circuito estranho de fogo
Consumido em labaredas estranhas
Infindas
Densas
Com fumos e revérberos acobreados
Numa amorfa melancolia...
Sempre que a noite cai sobre o calor da tarde.
Merys {29.07,010}
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