domingo, 2 de novembro de 2014
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Onde? Quando? Como?...
Nunca sei onde estás. Nunca soube.
Ou com quem.
Conheço-te um pouca a alma
E pouco mais.
Pouco sei ou soube sempre de ti.
Contudo amei-te até ao exagero
Como o sonho que sempre se adia
Por se saber irreal.
Anos decorreram...
De menina apaixonada passei
A mulher amargurada e reticente.
Sem me importar?...Não, sofrendo.
Contudo a tua presença em mim
Resistiu e resiste segura.
Os dias correram, sucedem-se
E nada apaga a ternura...
Assim sendo,
Não sei que poderás querer mais de mim,
teimosa criatura!
Rosa Xavier
domingo, 6 de julho de 2014
Metamorfose...
mal saída do casulo
a borboleta dança de alegria
num hino à vida,
num hino ao amor
de que em breve fará o luto.
não lembrada que rastejou, engordou, conheceu o escuro
metamorfoseada em beleza, em leveza,
libera agora as asas macias no prazer do sol
no desejo de dar vida e cor a novas flores e amores.
e nesse céu brilhante e azul
onde as escassas e algodoadas nuvens
não aprenderam a chorar desilusões
e apenas são promessa remota de frescura
e doçura,
a borboleta volátil e tonta
agarra o momento
saciando o prazer enamorado
de sugar o néctar da mais bela flor.
o amanhã? não existe.
filosofar, pensar, pesar, angustiar...
é um fado triste
que não lhe adianta cantar.
domingo, 1 de junho de 2014
terça-feira, 15 de abril de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
Águas que correm...
corres dentro de mim
ora em regato borbulhante de água pura
ora como veneno de dúvidas e segredos
e se
em tempos de prosa - razão
a dor existe mais aguda
e é mais cruel ainda
ouve-se um choro silencioso de lágrimas
frias
sentidas
ou de um pranto sem lágrimas
de si esquecidas
humidade seca
que escorre de paredes exangues
de angústia e silêncio
fantasmas alvacentos do passado
convivem com o hoje e agigantam-se
resultado de densos véus
que as minhas mãos foram tecendo
e perdendo
ao longo dum tempo calado e frio
contra um fundo vagamente musical
de silêncio e solidão.
Manuel Maria
quarta-feira, 26 de março de 2014
Voz do vento...
Havia vento...
O ar embalsamado das fragâncias do alecrim
trazia em tropel recordações de formas,
de sons... de iridicências
na voz louca e primaveril do vento forte,
na brevidade morna da tarde que caía ...
no sol de ocaso que ainda abraçava o dia
ou na chuva da véspera que molhara o chão,
ou na macieza do leito
em que descansara os ossos macerados da labuta do dia.
Era aí que caía nos meus braços a reconhecida ternura
que ficara comigo.
E aí perdura.
***
Aqui vacilo... nunca sei o que fazer.
Diz-me, se sabes:
- Que fazer de tanto amor-ternura
congelado pelo tempo em recordações?
Myrna
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