segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
domingo, 14 de janeiro de 2018
Repto...
Não vos quero no meu funeral.
Só convido a melodia
E o som da passarada
A doçura do vento
E a carícia , ainda que nefasta e muitas vezes amarga,
Do sol da manhã
E o frémito frio da madrugada
E o abraço dado e recusado
E o momento sentido como mais feliz...
Convido o som melancólico dos sinos
Quando tangem ao fim da tarde
No inverno ou no verão...
E a luz de tanto sol-pôr
Que muito amei na vida
E a serenidade das noites frescas de estio
E, das madrugadas, o rocío
Que emprestava brilho
Ao verde das tenras folhinhas
Das muitas plantas do jardim.
Deixem as rosas florir e emurchecer
Nos caules espinhosos
Não me levem flores
De que não preciso
Nem perfumes, só os das camélias...
Não digam ,de mim, bem nem mal
Que também não gostei de falar de vós...
[Inspirado pela expressão alheia:
"Se não vos tive na vida
Para que me servem na morte?"... ]
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Positivismo...
Positiva e franca
Observo e medito...
Quase nunca creio em tudo que pressinto...
E difícil é render-me à imaginação.
***
Não me poupes...não sou maoquista
mas não gosto de sofrer
Habituada fui a cair e logo levantar
E a só chorar
no ângulo fechado dos meus braços
Se algum dia deparei com um ombro amigo
decerto o repeli
para deixar correr no escuro
lágrimas frias ou escaldantes
mas silenciosas
que escorreram livres como rios de alma
sempre na direcção do mar.
Não me poupes, nem te culpes
nada prometeste
e pouco te pedi
É belo o arco-íris, mas nunca sonhei alcançá-lo.
Enovelada no meu casulo de memórias
enfrento o que há-de vir
e sempre fui contigo aprendendo
a cada dia
recusando a agonia
por não mais te poder ver
na realidade
do nosso pouco
ou muito
tempo
p'ra viver.
V// [ 20/09/017]
domingo, 17 de dezembro de 2017
domingo, 10 de dezembro de 2017
Tarte de morango...
serviu -te com o chá uma tarte de morangos:
grito de sereia
para um deus desconhecido
sussurrando solidão e dor
qual borboleta atraída por rosa emurchecida
quase desfalecida sob os calores do verão
atraiu um amor de ocasião
- só que não era então amor,
mas sim loucura,
desejo intenso e são de criatura
de há muito e sempre recusado
como perigoso, desnecessário e vão
de longe morta para a vida
perscrutou-te a alma
e reacendeu a sua
ao som de um timbre vocal
em que a letra da canção tinha magia
brotou a paixão e o encantamento...
- como seria?...
- que mistério encobria?...
por fim, nada importava mais:
não conhecia os seus olhos,
apenas o que lhe chegara em melodia
e tudo o resto, fosse o que fosse, era p'ra amar.
assim vai passando a vida
aquecida ao sabor do momento
até que o passamento
enterre na chaga do tempo
a vontade imperecível de o sonhar.
terça-feira, 31 de outubro de 2017
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