sexta-feira, 30 de março de 2018
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
Conversar com a lua...
por vezes, ainda venho conversar com a lua
quando a noite se espraia no silêncio
e na distância de ti
evoca o som de uma voz
que quase esqueci
som perdido no espaço inerte
de um tempo morno
de funda inquietação
que entrou como promessa efémera
e se concretizou no laço
de um terno abraço
que não mais deslaçou
e de uma ou outra maneira
a solidão quebrou
e virou fantasma
diluída no tempo da distãncia
que grita
para eu não te ouvir
mas nem o marulho das ondas
pode evitar que te ouça e reconheça
namorei com elas
falei-lhes de ti
e prometeram afagar-me
com doçura
nos meus últimos dias
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
domingo, 14 de janeiro de 2018
Repto...
Não vos quero no meu funeral.
Só convido a melodia
E o som da passarada
A doçura do vento
E a carícia , ainda que nefasta e muitas vezes amarga,
Do sol da manhã
E o frémito frio da madrugada
E o abraço dado e recusado
E o momento sentido como mais feliz...
Convido o som melancólico dos sinos
Quando tangem ao fim da tarde
No inverno ou no verão...
E a luz de tanto sol-pôr
Que muito amei na vida
E a serenidade das noites frescas de estio
E, das madrugadas, o rocío
Que emprestava brilho
Ao verde das tenras folhinhas
Das muitas plantas do jardim.
Deixem as rosas florir e emurchecer
Nos caules espinhosos
Não me levem flores
De que não preciso
Nem perfumes, só os das camélias...
Não digam ,de mim, bem nem mal
Que também não gostei de falar de vós...
[Inspirado pela expressão alheia:
"Se não vos tive na vida
Para que me servem na morte?"... ]
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Positivismo...
Positiva e franca
Observo e medito...
Quase nunca creio em tudo que pressinto...
E difícil é render-me à imaginação.
***
Não me poupes...não sou maoquista
mas não gosto de sofrer
Habituada fui a cair e logo levantar
E a só chorar
no ângulo fechado dos meus braços
Se algum dia deparei com um ombro amigo
decerto o repeli
para deixar correr no escuro
lágrimas frias ou escaldantes
mas silenciosas
que escorreram livres como rios de alma
sempre na direcção do mar.
Não me poupes, nem te culpes
nada prometeste
e pouco te pedi
É belo o arco-íris, mas nunca sonhei alcançá-lo.
Enovelada no meu casulo de memórias
enfrento o que há-de vir
e sempre fui contigo aprendendo
a cada dia
recusando a agonia
por não mais te poder ver
na realidade
do nosso pouco
ou muito
tempo
p'ra viver.
V// [ 20/09/017]
domingo, 17 de dezembro de 2017
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