Hoje
um sol de inverno
luminoso e gélido
penetrou radiante
no sarcófago rosado
do aposento em que repouso
e às vezes sonho
Fora
um vento agreste tremula
as folhas duras
do azevinho esmaltado
de pingentes rubros
onde pingos de alegria moram
Bom dia!
apetece gritar-te
e enviar um beijo doce e quente
na ponta dos dedos alongados
Uma mancha indelével de ternura
permanece presa nos meus lábios cerrados
carícia alada e dolente
gelada da ventura
de momentos passados
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