Tombou a clepsidra... Silenciou a dor.
O encanto de viver estagnou sem pranto.
Primitivos, alheios de si, tombam desejos
Que já nem o vento faz ecoar nas frias noites
Em que vomita horror.
Tombou a clepsidra... sem tombar a dor
Ciciando segredos de doçuras de amor
Nas rugas de um manto gelado de espanto
No leito vazio da noite do encanto...
E a tarde despede os silêncios
De fins de dia dobrados a rigor
Em brancos lençóis de linho
Rescendentes a alfazema e alvor...
Jaz aí a clepsidra tombada... Só resta o nada
Dos dias esfarelados na monotonia:
Eventos com chuva e sol e neblinas
E lembranças...
Asas de boninas
A espairecer na fímbria do não ser.
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