quarta-feira, 11 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Pára, escuta e vê...
Escuta... vê o teu coração
onde cai todo e qualquer beijo
de carinho
sempre enviado a pensar em ti
Sem ti não há gota de água
ou soluço de fogo
nos meus olhos cegos
ou soluço de fogo
nos meus olhos cegos
e a minha alma não ouve a música do anoitecer
nem sente desejo quando amanhece o dia
ou êxtase plasmado em paixão sentida
transformando a vida em sopro ardente
em meio à placidez das coisas costumadas
03.07.2011
ou êxtase plasmado em paixão sentida
transformando a vida em sopro ardente
em meio à placidez das coisas costumadas
03.07.2011
sexta-feira, 29 de junho de 2012
"Rejas"...
ó vento, chamaste-me e eu não fui contigo
e como gostava de ter ido
presa que fiquei ao som da voz do meu amor
porque temia que se sentisse sozinho
como eu sempre fui
leva-me então lá para onde fores
apoiada nas tuas asas de condor
para avistar do alto a luz do meu amor
sem a qual não consigo viver
cuja presença desejo
em todo e qualquer resplendor
do sol quando doira a madrugada
a quem sonho abraçar, beijar, acariciar
fundir-me com ele num sopro de flor
leva-me no dorso de uma nuvem até o meu amor
que não quero que se sinta tão sozinho
mesmo que a seu lado chore sempre baixinho
para lavar-lhe as dores do anoitecer
Fev.2011
Fev.2011
sábado, 23 de junho de 2012
Frieza...
Quantas vezes sinceridade se confunde com frieza
Quantas vezes o coração inquieto se habitua
à saudade e à falta de calor
Quantas vezes é quase crueldade
o ignorar da calma verdade
de um gesto de amor
O sol dá vida e doira as folhas no outono
e chamusca as rosas que ama
e o procuram
na insensatez das coisas cobiçadas
e o procuram
na insensatez das coisas cobiçadas
mais que amadas...
É a beleza estival de fulgência ardente
que derrama sobre a planície densa e quente
o leve resquício da paz universal.
É a beleza estival de fulgência ardente
que derrama sobre a planície densa e quente
o leve resquício da paz universal.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Não sabes...
Tu não sabes, porque eu não te disse,
que te espero sempre
Que atravesses a ponte para me encontrar
aqui, do lado de cá do tempo,
do lado de cá do mar
Que combatas a minha progressiva vontade
de me ensimesmar
e a minha proverbial fraqueza de ser tímido
e cheio de vergonhas
mas nunca por te amar
Tento às cegas respeitar o teu sentir
e quantas vezes me feriu o teu riso fácil
ou a tua habitual mordacidade
que tanto se inspira na realidade
E também sei que te quero
num todo indecifrável e de contorno eterno
e por isso sempre te espero na volta do caminho
nem que seja para te sorrir com carinho
nem que seja só p'ra te dizer: olá!
Em mim são mera aparência frieza ou lassidão
porque se tenho um sonho
será o de voltar a encontrar-te algures
...numa longínqua imensidão.
Já fui de arroubos e ansiedades
mimos, e infantil exaltação...
Ao contacto com essa tua fria razão
tudo isso mataste em mim,
tudo deitaste ao chão...
Hoje sou quase cadáver... na emoção.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Força crepuscular...
Na madrugada vagamente fria
a força do vento tem a força do mar
de marés vivas de escarpadas ondas
anteontem enoveladas ao luar...
Cordas de vento batem na vidraça
e eu sinto-me vazia e sem fervor
e calo mansamente os meus sentidos
ao ouvir das rajadas o estertor...
Limpo-os da dor, da espera, da aflição,
evitando tão só lamentos e gemidos
decerto sepultados entre o rumor
indiferente, que é, à silenciosa dor
que castiga sem trégua os mal-nascidos.
15.05.2011
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