ainda hoje não sei
porque o sino não dobrou;
e também não sei
porque caiu e se quebrou
só me sei viúva de compreensão,
órfã de ternura,
sem vislumbrar nessa imensidão
onde jaz a desventura
o abraço que me acolha
trago o peito macerado
olhos vagos e cansados
em breve mais secos
do que o ar poeirento
porque foi no instante,
no preciso instante
duma inenarrável emoção
que me quedei,
não fui capaz...
e nada dei...
Porquê então
este cruel e vão desejo
este cruel e vão desejo
de gritar?...
Yvonne, Lx. [13.04.1970]
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